quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Segu[ir]

Eu parei de contar...
Os dias, as horas, o tempo desde da partida.
Bem que me disseram que esse dia chegaria.
O dia em que eu não mais me importaria em lembrar.
Lembrar de quando se foi.
Lembrar do que foi vivido.
O dia passou e passou batido.
Não lembrei do dia, da hora, do tempo que fugiu.
Eu parei de contar e a vida seguiu...


sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Merde!

Era sábado, 10 de março de 2012:
(...)
- Eu não sei se vou conseguir, isso não dá futuro!
- O que você mais ama fazer na vida?
- Dançar!, respondeu ele...
- Ótimo, então é isso que você vai fazer, porque quando a gente faz algo com paixão, além de se sentir realizado, obtém sucesso, disse ela...
Ela disse que estaria na primeira fileira do espetáculo, aplaudindo o esforço que ele fizera, colocando abaixo todo o preconceito que um dia tivera ... Mas não pode cumprir a promessa, o destino tinha-lhe pregado uma peça daquelas.
Ele se foi, dançou e provou que agora estava finalmente fazendo o que amava independente da opinião dos outros.
Então, quinta-feira, 29 de novembro de 2012 ela mandou apenas uma sms que dizia: 'Como uma boa artista desejo 'merda pra você'! Bom espetáculo cara!'. 
E assim foi, e assim é... Ela só deseja que ele seja feliz...



where's my Blues?




Ele me deve um Blues. 
Sim, isso mesmo, um Blues.
E toda vez que eu cobro, ele coloca culpa na falta de tempo.
Maldito tempo hein? Tudo sempre é culpa dele.
Talvez ele consiga terminar quando eu morrer.
Temos a tendência de querer arrumar as coisas quando se é tarde demais.
E aí tocará no meu velório.
Meu Blues...
Uma pena, já que não poderei curtir.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

[Es]tar




Ele está aqui
com seus cachos dourados
esticado na rede
dizendo verdades
e soltando poesias

Ele está aqui
com sotaque carregado
cílios albinos delineados
rindo aquele sorriso largo

Ele está aqui
com seu jeito faceiro
alma de poeta encrenqueiro 
espírito de guerreiro

Ele está aqui
com a amizade de infância
aquela sintonia estranha
cumplicidade de pensamento e olhar

Ele está aqui
sendo ele mesmo
e profundamente eu desejo
que ele nunca se vá...




Um presente de aniversário para Brunno Soares, a quem estimo e amo. 
Um daqueles amigos que a gente tem desde infância e quer levar até a velhice. 
Felicidades mil!



quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Status: lógica






Refletia sobre o amor enquanto limpava a casa. No vai e vem da vassoura os pensamentos dela voavam, conversava mentalmente consigo mesma sobre o quanto mudara em relação ao amor desde a última desilusão amorosa que sofrera. Agora está desconfiada, encontra-se mais racional, sentiu-se idiota por ter se entregado sem reservas. Já não tem tanta vontade em escrever sobre o assunto como antigamente. Pensou: 'deixei de ser romântica ou meu romantismo que mudou?'. Percebeu que amadureceu em alguns pontos e está gostando disso. Não, ela não está cética em relação ao amor, apenas lógica...

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Ideias

"De onde vem as ideias, eu não sei. Quando vem uma ideia, confio na memória para me lembrar dela, o que raramente funciona. Pior é a sensação de que as melhores ideias são as que a gente esquece. Já tentei andar com um caderninho para anotar as ideias, ..." (Luis Fernando Veríssimo) 

E eu achei que era a única que padecia disso. Tentei andar com caderninho, não deu certo. Tenho ótimas ideias para escrever, mas elas parecem ótimas só na minha mente. Às vezes forço minha memória para escrever exatamente como pensei, para lembrar de como um texto genial surgiu do nada, não consigo... e quando consigo, ele nunca fica tão ótimo como parecia na minha cabeça... vai entender? Seria melhor se eu tivesse um aparelho que transcrevesse minha mente... ia facilitar minha vida, minha comunicação.




sábado, 20 de outubro de 2012

Pequeno

Quando eu penso em você um gosto de suco de maçã vem à boca, trazendo com ele o som da sua risada tosca e nasalada, aquela que você ri quando conta suas piadas sem graça. Então lembro do mal cheiro daquele Crocs horroroso que você tem e insiste em sair passeando pela cidade como se estivesse de mocassim. Me vem à memória o som do piano e você de olhos fechados tocando freneticamente perfeito apesar de possuir dedos pequenos. Ai bate a saudade de nossas conversas, aquelas que iam de um tópico idiota a um sério em questão de segundos. E então eu chorava, ou você chorava, ou os dois ao mesmo tempo, dependendo do teor da conversa. Você que tão novo possui uma alma velha. Agora te carrego no peito com um amor de mãe para um filho, um filho que adotei por livre e espontânea pressão, mas que permaneceu comigo por minha livre decisão. Sinto sua falta, só...


quarta-feira, 10 de outubro de 2012

I'm back

 Carlos Bregantim Traduziu meu momento...


“Lembrando que, voltar não é uma derrota, alias, voltar é estratégico muitas vezes.

Sim, voltar pode ser aquela parada estratégica para rever planos, sonhos, valores, recursos, equipamentos, habilidades, competências e ajustes pra seguir na jornada da vida.

Sábios os que admitem que precisam voltar pra reiniciar.”

                                     

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Bocuda ou sincera?





 Eu sofro de sinceridade aguçada e transparência exacerbada. Percebi isso domingo passado enquanto conversava com um cara que minha mãe me apresentou no restaurante. Nem sei o nome dele, mas agora ele sabe um pouco da minha história. Na verdade eu apenas fui respondendo as perguntas que ele me fazia, mas para ele entender melhor tudo, resolvi ser sincera em alguns (todos) pontos. Daí cheguei em casa e me dei conta: Gente, me abri com um desconhecido! Rasguei minha vida pra um cara que nem lembro o nome! 
  Já tentei ser discreta, já tentei não me expor, tudo em vão... nasci bocuda. Bocuda não de falar da vida das pessoas, mas da minha própria vida, de não ter medo de mostrar quem sou, de não me preocupar em me mostrar. Isso é bom ou ruim? Até que ponto afeta na maneira como as pessoas me veem? 
  Tenho a impressão que a maioria das pessoas são comedidas em se mostrar, em revelar o que realmente pensam, o que realmente são, e quando encontram com bocudos como eu, não dão credibilidade. Bem, isso é o que eu acho e penso, pode ser que eu esteja enganada, mas é o clima que às vezes paira no ar.
  Outro dia resolvi ser sincera com alguém que achava que merecia e entenderia, alguém que eu considerava amigo, alguém com quem me importava. Lasquei-me! A pessoa em todo momento da conversa pareceu se importar, mas depois debochou publicamente da minha sinceridade. Mandei ele ir à merda. Que raiva me deu! Senti-me um lixo! Falei pra pessoa de coisas sinceras que se passavam comigo, da nossa relação.
 O problema está em mim ou no outro que não me entendeu? Ou entendeu, mas fez pouco caso? Não existe pior sentimento do que essa tal de indiferença.
  Sendo a sinceridade algo verdadeiro, sem disfarce, como pode coexistir com com a indiferença, condição de alguém que não responde aos sentimentos? É possível isso? É possível você ser verdadeiro e ser indiferente?
  Já tentei ser indiferente com algumas pessoas. Não deu. Tenho um coração mole que não consegue deixar de se importar. O tamanho da minha sinceridade é proporcional ao tamanho da importância. Quanto mais sincera eu sou num relacionamento, mais importante é aquela pessoa pra mim. Quanto mais transpareço ser o que sou, mais importância dou ao outro. 
  Pensando bem, acho que o lance todo não é se moldar ou comedir, mas saber com quem devo ser sincera ou saber dar importância a quem realmente mereça.
  Nasci assim e acho que vou morrer assim. Não vou conseguir me regular. Não vou conseguir ser indiferente. Se eu nasci bocuda... morrerei bocuda.  

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

A carta




Releio a carta numa esperança brusca de te encontrar. Leio e releio cada palavra escrita tendo fé e me esforçando para acreditar em cada uma delas. Ah, não sei ao certo o que sinto, uma profusão de sentimentos me deixam confusa. Eu só queria você aqui, respirar do teu ar, me perder nesse teu olhar, sentir teu gosto na minha boca. Acho que releio a carta certa que trarei de volta aquela vivacidade que me faz falta, o doce menino que a rotina me roubou. Queria mesmo de volta o meu sorriso daquela foto. Aquela que fica junto à carta que você me escreveu. Onde nas linhas há uma promessa de que minha vida será mais bonita junto a sua  e que a sua vida já não tem mais sentido sem a minha... 


Escrito em 26.06.12, mas só agora o achei perdido entre os rascunhos. Resolvi postar. Foi escrito de coração. Os sintomas já estavam lá, eu que não enxerguei (ou não queria enxergar)...

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

À Republiqueta

Quando cheguei aqui, além das boas-vindas,  preveram em  palavras o que me aconteceria. Fui recebida de braços abertos e felicidade estampada no rosto pela nova parceira, nas vozes reconheci os sotaques diferentes. 
Levaram-me ao lugar onde seria meu refúgio por 2 anos e meio. Era modesto, mas meu. As paredes me fizeram companhia nas lutas travadas comigo mesma, no reflexo diante do espelho, nas mudanças que aconteceram. Foram elas que me viram chorar por noites inteiras. Assistiram de camarote minhas performances realizadas descontraidamente no anonimato do quarto. As gargalhas que dei, as conversas sérias e fúteis que tive ali. A busca em querer amadurecer. A mudança de alguns conceitos. A intimidade com o Eterno que ia sendo adquirida através de orações sinceras. O ar apaixonado e os suspiros dados quando via as fotografias no mural. Lá eu me descobri, me encontrei, me achei... me entendi. 
O lugar tinha um ar família devido aos seus integrantes, e apesar das personalidades diferentes ali, conseguíamos com paciência e respeito viver em harmônia. Como toda família tivemos discussões, choros, pedidos de perdão e risadas, muitas risadas. Nos apoiávamos mutuamente. Incentivávamos uns aos outros, orávamos juntos, desejávamos o bem um do outro. E quando as lutas chegaram unimos forças e lutamos juntos. 
Ali conquistamos e cativamos pessoas. Fomos abençoados. Compreendemos o significado da palavra servir. Aprendemos que às vezes é necessário calar ao invés de retrucar. Desenvolvemos a capacidade de submissão e obediência, mesmo sem entender o que viria pela frente.  Ensinaram-nos que "a qualidade do nosso ministério depende da qualidade dos nossos relacionamentos". 
Tínhamos certeza de que aquele tempo era fundamental na vida de cada um. Muitos passaram por ali, o tempo de cada um foi individual e único mediante o esquema arquitetado pelo Divino. Ele sabia o tempo  particularmente necessário. Mas uma coisa é certa, todos aprenderam algo. Aplicar no cotidiano cabe a cada um que ali viveu.
Poderia listar tantas outras coisas, situações, pessoas... mas na verdade elas não causariam tanto impacto em quem não teve a oportunidade de vivenciar o que descrevi até agora. 
Sabíamos que um dia teríamos que dizer adeus e cada um seguir seu rumo, mas fomos pegos de surpresa pela antecipação do partir. O desapego ao lugar já havia entrado no corações, mas não às pessoas. Resta-me agora agradecer pela oportunidade de ter vivido com intensidade tudo isso, compartilhado experiências, entendido o porquê de ter estado ali por 2 anos e meio. 
Meu desejo agora é que cada um siga naquilo proposto pelo Pai. Que não esqueçamos de tudo que aprendemos ali. Que as doces lembranças fiquem guardadas para sempre no corações e memórias. Que cada um seja abençoado naquilo que realizar. Os amo!
Dizer adeus a quem ama não é fácil, mas às vezes necessário. Então melhor que dizer adeus é dizer: até breve...

À minha nobre Republiqueta, com carinho...





segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Recalculando a rota

Yeh, yeh... um passo cuidadosamente dado de cada vez, para não tropeçar no caminho.
É como se a vida tivesse um GPS, quando a direção muda, ele automaticamente recalcula a rota e te dá uma nova opção, seja longa ou seja curta. 
Engraçado como a gente faz planos e acredita profundamente que eles não podem ser mudados. Parece que dentro da gente algo nos impede de enxergar que talvez as coisas não saiam como esperamos. Se há um imprevisto e a rota muda, puft! - nos damos conta que nem sempre vivenciaremos aquilo que planejamos metodicamente.
Tudo vira um turbilhão só! Somos pegos desprevenidos. O que fazer? E agora?! Até que a nova rota apareça, bate aquela ansiedade. Perturba seu sono e pensamentos. Traz dúvidas e medos. Nada mais assusta do que ir na direção errada.
Às vezes entender a nova direção nem sempre é fácil, mas você sabe que precisa obedecer ao comando do GPS pra chegar ao lugar desejado, respirar fundo e caminhar. 
Por isso é preciso viver a vida intensamente todos os dias, pois um dia você está em companhia daqueles que te acompanham nesse mesmo caminho, mas depois de quem sabe um recalculo de rota, você percebe que não os terá tão perto assim, e ai eles já não passam de doces lembranças em sua memória.
É preciso viver a vida como se não houvesse amanhã, caminhar e seguir mesmo que seja rápido, caminhar e seguir mesmo que pareça longo, caminhar e seguir mesmo sem entender, mas em hipótese nenhuma desistir. 
Uma dica: Aproveitemos cada minuto da vida. 
Um lembrete: Não somos donos de nossas rotas.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Abafando





Abafando sentimentos
Abafando choro
Abafando lembranças
E enquanto inutilmente tenta formatar o cérebro, o coração dói...

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Decisão tomada

"Nós nunca descobriremos o que vem depois da escolha se não tomarmos uma decisão. Por isso, entenda seus medos, mas jamais deixe que eles sufoquem os seus sonhos".



Entendi meus medos.
Eles agora já não aprisionam meus sonhos.
Decidi.
Agora é só voar.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

[Re]Começar



Caminhavam pela ferrovia há um tempo. Ele tinha escutado tudo o que ela tinha para falar. Agora a quietude reinava depois que Ele esclarecera algumas coisas para ela. Após perceber que ela estava serena porque pensava e processava na mente aquilo que ouvira, resolveu romper o silêncio...
Ele: - Entendeu?
Ela: - Começando a entender... agora tudo está fazendo sentido.
Ele: - Que bom!
Ela: - É, mas confesso que não foi fácil pra mim.
Ele: - Nunca é.
Ela: - Obrigada pela sinceridade! Disse em um tom de ironia.
Ele: - De nada! Você sabe que eu sempre sou sincero e falo a verdade. Respondeu firme.
Ela: - Sim, eu sei...
Ele: - Momentos assim são fundamentais para crescimento, eles trazem reflexão, maturidade.
Ela: - É... é que eu achei que estava indo na direção certa.
Ele: - Você está indo na direção certa, só precisava ajustar e compreender algumas coisas. Saiba que sempre será assim.
Ela: - Vai demorar para terminar? Soltando em seguida um profundo suspiro.
Ele: - Não foque tanto no tempo, vai durar o necessário. Veja como um recomeço.
Ela ficou quieta, dominava a ansiedade em seu peito.Continuaram a caminhar seguindo os trilhos, mas agora além de algumas certezas ela possuía paz...

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Badulaque

Altos e baixos. Ânsia de companhia para não se sentir só. Para não lembrar. Para se distrair. Chegou a contar a história de um jeito cômico. Daquele jeito engraçado que ela sabe ser, apenas para mascarar a dor que ainda fere o peito. Apagou as mensagens. Recolheu as fotografias. Guardou a única carta. Deletou o que precisava por enquanto de sua vida. De vez em quando a ira bate. Ai de novo os palavrões explodem, mas até já riu da própria desgraça. Sente um misto de pena e raiva. Orou ontem a noite para que tudo passasse logo. Ficaria grata se o tempo começasse a correr. Por enquanto está oscilando como badulaques ao vento.


quarta-feira, 18 de julho de 2012

Acabou?! Então...





Ela entrou no quarto e destampou o choro que minguava já fazia 40 minutos. Num impeto arrancou as fotos do mural e socou na gaveta antes de fechar com tal força que será difícil abrir. Ligou pra melhor amiga e desabou. Foi pro chuveiro na tentativa de lavar a alma e lá se lamentou. Lamentou de ter subido no avião para o reencontro. Lamentou as sms e ligações respondidas. Lamentou ter permitido a visita dele nas férias de Janeiro. Pensou que estava bem, antes de tudo isso acontecer. Teve que pedir perdão a Deus pelos palavrões que soltou e por ter xingado a mãe dele que não tinha nada haver com a história. Lembrou do último sábado e da empolgação dele contando pros amigos dela como eles tinham se conhecido. Pensou que deveria ter colocado a mão em sua boca não deixando ele falar se soubesse o que viria dois dias depois. A dor em sua cabeça era tanta que ela quase vomitou três vezes. E antes tivesse vomitado o que sentia no peito, vomitado os sonhos e projetos que um dia planejaram juntos."Por favor, não saia da minha vida!", disse ele. Não saia da sua vida? Não saia da sua vida? Você escolheu sair da minha, por que então eu deveria permanecer na sua? Pensou ela. Agora ela precisa catar os pedaços dela que estão espalhados por aí, tentar entender o que aconteceu e não ficou claro, seguir a vida dela sem ele. Ele escolheu que ali seus caminhos se separariam e cada qual agora vai viver sua vida. "É só isso, não tem mais jeito, acabou... VÁ SE FERRAR!" Quando a raiva passar quem sabe ela deseje 'Boa Sorte'...






quinta-feira, 5 de julho de 2012

Em paz

Eu não enxergo o futuro e tentar adivinhá-lo não me convém, não quero estragar as surpresas que ele me reserva. Possuo apenas a certeza de um coração tranquilo e uma vontade louca de acertar. Não preciso que me entendam, pois a paz que sinto diz que devo continuar...

 

Do verbo amar [4]


Mas a realidade é que podemos estar com qualquer pessoa. Nunca acreditei que somos separados para alguém. A diferença agora é que eu não quero estar com outra pessoa que não seja ele.




terça-feira, 3 de julho de 2012

Pequenina





Menina pequena, pequena de um tamanho de botão
Tamanho não é nada para você
Que possui um grande coração
Menina pequena, pequena de um tamanho de botão
Possui tantos sonhos escondidos
Nesse tal seu coração
Menina pequena, pequena de um tamanho de botão
Aonde vais ilumina
Iluminas qualquer salão
Menina pequena, pequena de um tamanho de botão
Determinada a ser feliz
Não importa a ocasião
Menina pequena, pequena de um tamanho de botão
Tão pequenina, pequenininha 
Que a vontade que eu tenho
É de ter sempre em minha mão




Queria estar ai para poder te abraçar e comemorar com nossos queridos, mas mesmo à distância me sinto parte desse festejar, afinal quando a gente ama alguém não há distância que separe sentimento puro e verdadeiro. Se você está feliz, estou feliz, se você está triste, estou triste, se você está ai... eu sempre estarei aqui. Te amo!

À Lilian Mendes, em 02.07.12

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Como pensar magro?

Eu não sabia, mas eu tenho saboneteiras. E agora quando eu deito, os ossos do meu quadril estão tão evidentes que eu me assusto quando os toco. A imagem que reflete no espelho já não possui aquelas bochechas fofas e eu percebo que elas escondiam as marcas de expressão da minha idade que avança. E entre tantas mudanças biológicas, fisiológicas, psicológicas e emocionais, eu me pergunto: Como pensar magro? Se você pensa que é fácil está muito enganado.



quinta-feira, 14 de junho de 2012

Há se eu pudesse...


Eu queria mesmo que agora fosse um fim de tarde de uma sexta-feira, eu e meu amigo com os pés na areia, olhando o mar. Falando apenas aquelas conversas intelectuais e críticas que ele sabe conversar, com aquele sotaque carregado que chega até ser engraçado e me faz sorrir. Um drink pra mim, uma cerveja pra ele, bolinhos de macaxeira frita com pimenta. Aquela brisa suave, o som das batidas das ondas... eu só queria relaxar, não ter nada pra me preocupar...


terça-feira, 12 de junho de 2012

Do verbo amar [3]

- O que você quer de presente? Perguntou a tia.
- Quero esse coração que divide em dois. Respondeu a garota.
- Mas você não tem ninguém pra dar a outra metade! Exclamou a irmã da garota que ia se intrometendo na conversa.
- Fique na sua, você já escolheu seu presente, a Tia falou que eu posso escolher o que EU quiser... então quero isso, esse coração que divide em dois!
Realmente a garota não tinha ninguém, não sabia quanto tempo teria que esperar pra entregar a metade daquele coração a outra pessoa. Ela só tinha a certeza que um dia isso aconteceria...
Mas os anos foram passando, os dias voando, o tempo correndo e aquele coração ficara pendurado dentro do guarda-roupa por exatos 09 anos, grudado com uma fita adesiva que juntava as duas metades num só. Ela mal se lembrava dele, tornara-se apenas um enfeite, quando lhe batia o olhar. Já não acreditava que o daria a alguém, tinha perdido a esperança, estava fechando-se para o amor.
Então eis que um dia, assim como do nada, alguém surge em sua vida. Alguém que ela nunca imaginara, que não idealizara em seus sonhos mais doces e ilusórios, que jamais tinha passado sequer em seus pensamentos!
E que ironia do destino, foi justamente ele que bagunçou seus sentimentos, perturbou sua calmaria, lhe trouxe aquela agonia... trouxe de volta aquele frio na barriga.
Até que enfim os caminhos deles se cruzaram, o beijo doce foi provado e sensações foram sentidas e olhando um para o outro repetiam em voz alta:  -Quem diria?!
Quem diria que seria ele a tirar o sorriso mais singelo dela? A trazer tranquilidade naquela voz grave do outro lado da linha? A olhar sério e sincero quando está ao lado dela? 
Ela então lembrou-se do coração pendurado no armário, resolveu então dar a metade a quem merecia, a quem de fato agora pertencia...


À você que eu amo e quero tanto bem, que me dedico em fazer feliz... 

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Palco&Camarim



"Eu sou palco e camarim.
Quando palco, eu suporto tudo! Sou forte, sorrio e aceno, sim!
Mas é no fechar das cortinas que eu corro pra dentro de mim.
Ninguém pode ouvir meus soluços quando sou camarim."
[ Macabéa de la Mancha] 






sábado, 5 de maio de 2012

Do verbo amar [2]



Sim, quando acordei hoje fiquei deitada na cama pensando que precisava te ligar, te ligar e dizer coisas lindas e fofas, dizer o que se passava dentro do meu coração e mente. Sabe, sou daquele tipo de gente que ensaia pra falar, que organiza pensamentos e sensações, que se sente segura quando possui as certezas das palavras. Levantei determinada e te liguei, te liguei pra dizer tudo aquilo que tinha imaginado e sentido, todas aquelas coisas que uma romântica moça idealista nutre, mas foi só ouvir o timbre da sua voz e tudo mudou. Fiquei descompassada, perdi o ritmo, aquela sensação de segurança dissipou-se e as palavras apesar de continuarem a martelar na minha mente, não foram ditas. Você consegue me tirar da zona de conforto, consegue me levar para o lado imprevisível de amar. E entre sorrisos e conversa eu relaxei. Relaxei e percebi que com você não adianta ensaiar. Não adianta esquematizar o sentimento. Não adianta ser metódica com o amor. Você me faz perceber que amar é surpreender...  





sexta-feira, 20 de abril de 2012

Simples

"Sempre gostei mais da embalagem do que do presente, do bilhete do que da lembrança, da dedicatória do que do livro... Gosto daquilo que não se vê. Ou sim (eu vejo). Da atmosfera, do entorno, das palavras não ditas. Reajo epidermicamente às entrelinhas..."

Solange Maia



quinta-feira, 19 de abril de 2012

A ponte

Ponte. Sim, parece que agora estou em uma ponte, daquelas grandes que liga uma ilha a outra. Parece que estou no meio dela. Se olho pra trás não vejo seu início e se olho pra frente não vejo o seu fim. Muitas coisas já aconteceram e me impulsionaram, me levaram até ao meio, mas ainda falta o resto para se caminhar e chegar no lugar desejado. Às vezes a vontade que dá é de dar meia-volta e voltar de onde saí. Mas não adianta, parece que tem um engarrafamento gigantesco que me impede de voltar. Então olho pro lado e vejo que não estou sozinha, há outros na mesma situação. Estamos todos ali, no meio da ponte que nos separa para o futuro, cheios de questionamentos, cheios de sonhos, cheios de vontades. O tempo de cada um não é igual, cada qual vive o seu tempo na ponte, não posso comparar. Então me lembro que não só passei por tempos difíceis, que até chegar ao meio também tive tempos de muita alegria. Mas me pergunto, ela se perdeu? Não, estava aqui o tempo todo, eu que a escanteie e a sufoquei diante dos meus problemas e medos. É, esse tal de medo é uma praga! Nos impede de viver intensamente e tranquilamente a vida. Agora é respirar fundo e erguer a cabeça, trazer a memória o que me dá esperança. É seguir caminhando e lutando, acreditando e confiando que o melhor está por vir quando eu chegar ao final da ponte...


terça-feira, 10 de abril de 2012

Oficina

Ela estranhou o silêncio da casa, ainda não se acostumara àquilo. Resolveu procurá-lo para saber o que fazia, porque estava tudo tão tranquilo, naquela calmaria. Caminhou em direção ao final do corredor. Até aquele momento nunca tinha tido coragem o suficiente para ir até ao final dele, sempre teve medo daquele escuro. 
Respirou fundo e tomou coragem, lembrou-se que já não era mais uma garotinha medrosa, caminhou pausadamente e com os ouvidos apurados. Foi-se em direção à escuridão.
Enquanto ia se aproximando do fundo do corredor percebeu que uma imagem se projetava. Pensou em correr daquela figura, mas estranhamente não tinha medo dela, pelo contrário, achava até que a conhecia de algum lugar. 
Surpresa ficou quando se deparou com o próprio reflexo no espelho que estava à sua frente. - Um espelho numa escuridão dessas? Pensou consigo mesma em voz alta. O tocou e a medida que o tocava ele ia projetando-se para trás, na verdade não era apenas um espelho, mas também uma porta!
Desceu as escadas que ali tinha e O encontrou amassando barro numa mesa. Estava tão quieto, tão concentrado no que fazia que ela nem quis interromper com as perguntas que tinha. Sabia que Ele conhecia tão bem o que pensava e procurava, mesmo sem pronunciar sequer uma palavra.
Ela então começou a caminhar pela oficina, por entre as ferramentas, por entre os vasos, em meio ao pó quando de repente parou extasiada em frente a uma estante. Estava lá, o dela, não tinha seu nome, mas sabia que era o seu, que era ela. 
Algo dentro dela aflorou e já não era possível controlar as lágrimas que silenciosamente escorriam de seus olhos. Mas ele, que sabe todas as coisas, falou sem ao menos tirar os olhos daquilo que fazia: - Não se preocupe, o seu está quase pronto, falta apenas alguns detalhes para o resultado final. 
- Vai doer o acabamento? Perguntou ela olhando fixamente para o vaso.
Ao que ele respondeu: - Só mais um pouquinho, mas nada comparado ao amassar do barro que já sofreu, agora são só ajustes, vais suportar... 


quinta-feira, 29 de março de 2012

Sen[ti]r

Porque se sofres, também sofro
Se estás alegre, dividimos sorrisos
Se tens questionamentos e dúvidas
Lamentos e palavras soltas
Sou toda ouvidos
Porque desde que tornastes metade de mim
Sinto todos os teus sintomas... 



Xô!

Porque ela pensou consigo mesma e seus botões, no quanto tem sido difícil e doloroso, expurgar a menina de dentro dela...


quinta-feira, 22 de março de 2012

Camuflar? Não, obrigada...

Você tenta disfarçar, procura forças pra esboçar um sorriso, mas tudo em vão. É inútil tentar esconder o que está tirando sua paz, roubando sua alegria. Pessoas que são possuidoras do que chamamos 'transparência' não sabem se camuflar como camaleão ou por trás de maquiagens de palhaço, elas simplesmente são... São e demonstram estampado no rosto e atitudes àquilo que se passa em seu interior.


domingo, 18 de março de 2012

Atalhos

Atalhos nos dão a falsa impressão de que chegaremos mais rápido ao destino final do caminho, mas na verdade se somarmos todos os atalhos percorridos talvez eles sejam maior do que o caminho a ser trilhado...





quarta-feira, 14 de março de 2012

Um Caleidoscópio de presente!

Meu querido amigo de infância Brunno Soares, a quem chamo carinhosamente de Brunneco, deu-me de presente de aniversário (11.03) estes versos que se seguem e que de tão emocionada não canso de ler... Rsrs... Sinceramente gosto de presentes assim mais do que os 'físicos'/ materiais, pois são estes que me fazem sentir especial... muiiito obrigada amigo, quero ter sua amizade até a velhice...Rsrs







Antever o que se passa é
brincar com a intuição,
mostrar para ela quem é que manda
e que não aceita um roteiro de
vida pronto.

Atrever a olhar a mudança
como uma forma de trazer
para mais perto aqueles que
sempre estiverem ao alcance
dos olhos.

A temer o que não se espera
é parte do enredo improvisado
que te fez bem mais que 
quatro personagens;
fez de ti mulher inteira!

Até ver o que em parte vemos
e ao findar da hora estar
vestida num trançado de
flores, correndo num
campo de rosas
e os pulmões cheios de ar,
cantando a vida
e a Eterna beleza!

By Brunno Soares




sexta-feira, 2 de março de 2012

Auto-Imagem





Foi difícil encarar aquele espelho. A imagem que aparecia diante de mim era distorcida e feia, e tudo era culpa de duas palavras: egoísmo e individualismo.
Essa mania de posse que eu tenho, esse medo de perder quem amo, essa insegurança que sinto, foram todos colocados diante de mim naquele reflexo. 
Não gostei do que vi, não gostei do que senti, na verdade foi constrangedor e doloroso ver aquela auto-imagem, foi insuportável reconhecer que o espelho estava certo. 
Agora que a verdade tinha vindo à tona, que a realidade mostrava sua cara feia, cai no choro e admiti: fui hipócrita.
É fácil escrever palavras, difícil é quando você esbarra na prática e percebe que contradiz a teoria.
Resta-me agora encontrar forças para olhar novamente no espelho, buscando maneiras de me consertar por inteiro, até aquela terrível imagem se dissolver... 

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Little Birds

O ninho agora parece vazio...
Primeiro foi-se um, mas supriam no outro, a falta que sentiam daquele que tinha partido.
Mas e agora que o outro também decidira partir?
Precisam lembrar-se que Deus lhes deu dois passarinhos, que um dia alçariam voo sozinhos, cada qual seguindo seu caminho...



Aos meus pais, com muito amor e carinho. 

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Do verbo amar [1]

Deitada com a cabeça no colo dele, ela o olhava silenciosamente. Escutava atentamente os planos que ele fazia. Achou graça na vivacidade de como ele resolvia os detalhes e de como argumentava a cada questionamento feito por ela. Sentiu um frio na barriga ao escutar cada palavra pronunciada. Pensava se realmente aquilo algum dia iria acontecer, não porque duvidava da palavra dele, mas porque já tinha sofrido  diante de promessas não cumpridas. Mas se deu conta de que não poderia compará-lo as suas trágicas decepções. Então ela fechou os olhos, pois pensou estar sonhando com aquele momento. Mas assim que os abriu ele continuava lá, agora sério a olhava enquanto brincava  displicentemente com a franja dela. Então ela sentiu aquela paz, aquela sensação de gozo e felicidade plena que há muito desejava e repetiu pra si mesma... valeu a pena esperar...  



À ele que tem sido o motivo do sorriso dela...


quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Angel

"Alguém que você não esperava, mas que será sempre bem-vindo. E de repente esse alguém muda sua vida e dá a ela o sentido que faltava. Como se te completasse, como se viesse pra tirar tudo de ruim de dentro de ti. Um anjo, talvez. Um anjo que desde o dia em que entra na sua vida, você deseja que nunca mais saia."



terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Desmascarada




Chorou até não poder mais. Foi como se alguém tivesse destampado aquele choro que estava abafado e a sufocava nesses últimos dias. Estava ficando difícil disfarçar. A máscara de 'felicidade' já parecia vaga e as pessoas ao seu redor desconfiavam do seu sorrir. 
Perguntava-se como seria enfrentar esse desconhecido, deixou-se dominar pela covardia, desacreditou em si mesma. Reconheceu medos e inseguranças, vomitou palavras.
Mas um estalo dentro do seu peito e de sua memória a fizeram lembrar que ela não estava sozinha, que tudo fazia parte daquele esquema divino que ela ainda não compreendia, que no final tudo se encaixaria.
Então uma paz instalou-se dentro dela trazendo forças para recomeçar aquilo que ela precisa terminar.
Finalmente voltou a sorrir sem precisar de uma máscara...

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Arriscar-me


Cansei de ser besta, de ter medo, de pensar nos prós e nos contras, de me prender a tanto idealismo...
Sabe de uma coisa? Eu vou arriscar! Na pior das hipóteses eu vou apenas quebrar a cara, e se isso acontecer, é bom saber, que com o tempo passa...


sábado, 14 de janeiro de 2012

Incerteza

No escuro do seu quarto ela chora e lava alma
Alivia sua dor por meio de suas lágrimas
Apenas o silêncio é sua fiel companhia
Tenta-lhe trazer a paz diante de tal agonia...
O que fazer?
O que irá me acontecer?
Questiona-se a menina...



segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

[Re]Lembrar





Ela relembrou de tudo como se um filme com suas memórias começasse a ser rodado. Lembrou que ganhou uma nova função no trabalho. Das matérias de exatas que a consumiram e a fizeram chorar e a se perguntar o porquê de estar fazendo administração. Que dividiu quarto com uma estrangeira. Travou lutas espirituais. Fez novos amigos. Entrou numa banda de Black music. Ganhou uma festa surpresa e um peixe beta. Viajou para tomar o melhor sorvete de ninho trufado que existe na terra. Resistiu a tentação de se envolver com um amigo porque sabia que não ia dar em nada. Deu conselhos por telefone. Sentiu saudades de casa. Se despediu de dois grandes amigos. Curtiu o inverno. Recebeu a visita da irmã. Fez uma tatuagem e colocou um piercing. Passou uma crise emocional porque se deu conta de que era imatura para sua idade. Chorou horrores na mesma proporção de que riu. Viajou. Andou de teleférico. Ficou loira. Reencontrou um amigo depois de 8 anos sem se verem. Confundiu sentimentos. Perdeu 12 kilos. Melhorou a auto-estima. Ficou mais séria. Amadureceu. Aprendeu a se divertir sozinha e a curtir sua própria companhia. Recebeu a visita dos pais. Matou saudade. Ganhou o apelido de Che Guevara na sala de aula. Lutou em favor de si mesma e de outros e conseguiu ganhar. Teve medo. Cantou como ninguém. Tomou banho de chuva. Teve medo do escuro. Ficou confusa. Orou inúmeras vezes. Fez amigos virtuais. Se perdeu em pensamentos. Amou as matérias de humanas e se deu conta de que precisa fazer comunicação social. Reconheceu que é neurótica com limpeza. Teve borboletas no estômago a cada sms que recebeu dele. Ficou com raiva. Se surpreendeu. Recebeu uma péssima notícia. Foi ao Hopi Hari. Andou pela Av. Paulista. Fez uma peça. Esperou ansiosamente pelas férias. Se deu conta que passou por grandes e pequenos momentos e agradeceu. É grata a Ele por tudo e reconheceu... foi um grande ano que ela viveu.