Seu amor me faz voar...
Assim como a Borboleta, que vem de “Belbellita”, termo
originado na palavra “belo”, existe forma melhor de relacionar esse ser com a
maternidade?
Para se tornar borboleta todo um processo de
transformação, metamorfose, mudança ocorre... uma pequena lagarta, torna-se uma
bela borboleta. Na maternidade, começa como um sonho, um desejo e como em um
casulo, fica embrulhado no coração.
O coração, ah o coração! Órgão vital da maternidade!
Muitos acreditam que seja o útero, mas o que seria dela sem o coração?
Quantas por aí podem gerar, mas não possuem sentimento
o bastante para amar? Quantas não podem gerar, mas transbordam de amor o
coração? Não geram no útero, mas geram no coração e tudo o que parte dele é
cheio de significado e importância.
Como em um casulo a gestação é feito de espera, o
tempo certo de existir. Seja planejada ou inesperada, ocorre quando tem que
acontecer. Mas cada etapa é importante para o crescimento daquele pequeno ser
que está surgindo, tornando-se real.
Cresce, sofre transformações como o processo que a
borboleta passa, se desenvolve, provoca sensações e emoções indescritíveis.
Quantas vezes não observamos por aí as mãos que acariciam e embalam a barriga
que desponta, ou observamos a espera e os planos feitos para se ter o pequeno
ser em seus braços. O desejo do encontro, um futuro sendo construído.
Borboletas representam alegria, sentimento importante
na maternidade. Aquece o coração com cada conquista, cada descoberta, cada ato
de amor. Claro que nem tudo sempre gira em torno dela, há anseios, dúvidas,
preocupações, afinal envolve muita responsabilidade no processo de criar.
Cuidar de outro ser demanda tempo e disposição, não
deve ser enxergado como fardo, mas como uma forma de legado, vindo do coração,
pois há entrega, doação em favor do outro. Há maior prova de amor? A
maternidade coloca o outro em evidência, luta pelo que acha que é certo e bom.
O cuidado e carinho estão em gestos, sejam pequenos ou
grandes, demonstrados ao longo da vida, e engana-se quem pensa que se limita à
fase infantil. Os gestos de amor e carinho são levados à fase adulta, quando
finalmente o pequeno ser torna-se assim como sua mãe, uma borboleta, pronta
para voar.
E quando a maternidade é interrompida pelas
circunstâncias da vida de forma inesperada? A tristeza e o sentimento de perda
inundem o ser que ficou aparentemente desamparado. Mas a vida dá uma
reviravolta e coloca pessoas no caminho que assumem esse papel tão importante
de amar e cuidar. Não substitui a pessoa que partiu, que mora no coração de
quem ficou, mas a lembrança está ali guardada e viva na memória.
Todo o processo desde da gravidez à vida adulta do
filho, aquele cuidado e amor são fortes e existentes. Há quem ache que
borboletas são seres frágeis, mas enganam-se, pois se esquecem que precisam de
muita força para se submeter à metamorfose e aprender a voar.
E assim como a borboleta voa, a maternidade espera e
deseja que o ser gerado e amado, criado e cuidado, possa enfim voar,
impulsionado por essa força e onda de amor e o leve a lugares altos.
Por isso digo e afirmo... o seu amor faz voar...
Te amo minha mainha!
Para Denise Santos