terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Desmascarada




Chorou até não poder mais. Foi como se alguém tivesse destampado aquele choro que estava abafado e a sufocava nesses últimos dias. Estava ficando difícil disfarçar. A máscara de 'felicidade' já parecia vaga e as pessoas ao seu redor desconfiavam do seu sorrir. 
Perguntava-se como seria enfrentar esse desconhecido, deixou-se dominar pela covardia, desacreditou em si mesma. Reconheceu medos e inseguranças, vomitou palavras.
Mas um estalo dentro do seu peito e de sua memória a fizeram lembrar que ela não estava sozinha, que tudo fazia parte daquele esquema divino que ela ainda não compreendia, que no final tudo se encaixaria.
Então uma paz instalou-se dentro dela trazendo forças para recomeçar aquilo que ela precisa terminar.
Finalmente voltou a sorrir sem precisar de uma máscara...

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Arriscar-me


Cansei de ser besta, de ter medo, de pensar nos prós e nos contras, de me prender a tanto idealismo...
Sabe de uma coisa? Eu vou arriscar! Na pior das hipóteses eu vou apenas quebrar a cara, e se isso acontecer, é bom saber, que com o tempo passa...


sábado, 14 de janeiro de 2012

Incerteza

No escuro do seu quarto ela chora e lava alma
Alivia sua dor por meio de suas lágrimas
Apenas o silêncio é sua fiel companhia
Tenta-lhe trazer a paz diante de tal agonia...
O que fazer?
O que irá me acontecer?
Questiona-se a menina...



segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

[Re]Lembrar





Ela relembrou de tudo como se um filme com suas memórias começasse a ser rodado. Lembrou que ganhou uma nova função no trabalho. Das matérias de exatas que a consumiram e a fizeram chorar e a se perguntar o porquê de estar fazendo administração. Que dividiu quarto com uma estrangeira. Travou lutas espirituais. Fez novos amigos. Entrou numa banda de Black music. Ganhou uma festa surpresa e um peixe beta. Viajou para tomar o melhor sorvete de ninho trufado que existe na terra. Resistiu a tentação de se envolver com um amigo porque sabia que não ia dar em nada. Deu conselhos por telefone. Sentiu saudades de casa. Se despediu de dois grandes amigos. Curtiu o inverno. Recebeu a visita da irmã. Fez uma tatuagem e colocou um piercing. Passou uma crise emocional porque se deu conta de que era imatura para sua idade. Chorou horrores na mesma proporção de que riu. Viajou. Andou de teleférico. Ficou loira. Reencontrou um amigo depois de 8 anos sem se verem. Confundiu sentimentos. Perdeu 12 kilos. Melhorou a auto-estima. Ficou mais séria. Amadureceu. Aprendeu a se divertir sozinha e a curtir sua própria companhia. Recebeu a visita dos pais. Matou saudade. Ganhou o apelido de Che Guevara na sala de aula. Lutou em favor de si mesma e de outros e conseguiu ganhar. Teve medo. Cantou como ninguém. Tomou banho de chuva. Teve medo do escuro. Ficou confusa. Orou inúmeras vezes. Fez amigos virtuais. Se perdeu em pensamentos. Amou as matérias de humanas e se deu conta de que precisa fazer comunicação social. Reconheceu que é neurótica com limpeza. Teve borboletas no estômago a cada sms que recebeu dele. Ficou com raiva. Se surpreendeu. Recebeu uma péssima notícia. Foi ao Hopi Hari. Andou pela Av. Paulista. Fez uma peça. Esperou ansiosamente pelas férias. Se deu conta que passou por grandes e pequenos momentos e agradeceu. É grata a Ele por tudo e reconheceu... foi um grande ano que ela viveu.