sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Merde!

Era sábado, 10 de março de 2012:
(...)
- Eu não sei se vou conseguir, isso não dá futuro!
- O que você mais ama fazer na vida?
- Dançar!, respondeu ele...
- Ótimo, então é isso que você vai fazer, porque quando a gente faz algo com paixão, além de se sentir realizado, obtém sucesso, disse ela...
Ela disse que estaria na primeira fileira do espetáculo, aplaudindo o esforço que ele fizera, colocando abaixo todo o preconceito que um dia tivera ... Mas não pode cumprir a promessa, o destino tinha-lhe pregado uma peça daquelas.
Ele se foi, dançou e provou que agora estava finalmente fazendo o que amava independente da opinião dos outros.
Então, quinta-feira, 29 de novembro de 2012 ela mandou apenas uma sms que dizia: 'Como uma boa artista desejo 'merda pra você'! Bom espetáculo cara!'. 
E assim foi, e assim é... Ela só deseja que ele seja feliz...



where's my Blues?




Ele me deve um Blues. 
Sim, isso mesmo, um Blues.
E toda vez que eu cobro, ele coloca culpa na falta de tempo.
Maldito tempo hein? Tudo sempre é culpa dele.
Talvez ele consiga terminar quando eu morrer.
Temos a tendência de querer arrumar as coisas quando se é tarde demais.
E aí tocará no meu velório.
Meu Blues...
Uma pena, já que não poderei curtir.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

[Es]tar




Ele está aqui
com seus cachos dourados
esticado na rede
dizendo verdades
e soltando poesias

Ele está aqui
com sotaque carregado
cílios albinos delineados
rindo aquele sorriso largo

Ele está aqui
com seu jeito faceiro
alma de poeta encrenqueiro 
espírito de guerreiro

Ele está aqui
com a amizade de infância
aquela sintonia estranha
cumplicidade de pensamento e olhar

Ele está aqui
sendo ele mesmo
e profundamente eu desejo
que ele nunca se vá...




Um presente de aniversário para Brunno Soares, a quem estimo e amo. 
Um daqueles amigos que a gente tem desde infância e quer levar até a velhice. 
Felicidades mil!



quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Status: lógica






Refletia sobre o amor enquanto limpava a casa. No vai e vem da vassoura os pensamentos dela voavam, conversava mentalmente consigo mesma sobre o quanto mudara em relação ao amor desde a última desilusão amorosa que sofrera. Agora está desconfiada, encontra-se mais racional, sentiu-se idiota por ter se entregado sem reservas. Já não tem tanta vontade em escrever sobre o assunto como antigamente. Pensou: 'deixei de ser romântica ou meu romantismo que mudou?'. Percebeu que amadureceu em alguns pontos e está gostando disso. Não, ela não está cética em relação ao amor, apenas lógica...