sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Tô chegando mainha, tô chegando...

Eu já ouço o barulho do mar, das ondas se quebrando...
Eu já sinto aquele cheiro no ar, é o cuzcuz cozinhando...
Eu já vejo a rede balançar, ela tá me provocando...
Eu já escuto aquele sotaque falar, é mainha me chamando!
Ah como é bom ir pra casa...



sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Culpado

É tudo culpa do tempo...
Da impaciência que está me dando
Do que me entedia de vez em quando
Das exigências que ando tendo
Das horas que estão correndo
Dos efeitos colaterais desse correr
Dos hábitos que troquei e me davam prazer
É... às vezes parece chato envelhecer...





Descobri na quarta-feira passada que eu estou velha pra certas coisas que antes me pareciam interessantes e prazerosas. Parece que envelhecer é chato, mas é que eu ainda tô tentando me acostumar aos novos hábitos que estou tendo, adquirindo e trocando... 


quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Vem


"Me dá a tua mão, feche os olhos e as cortinas do medo. Quero a paz que o teu abraço consegue temperar no meu corpo, quero essa paciência que teu olhar por descuido coloca dentro de mim."




sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Stand by

Ela está esperando ele dar o primeiro passo, pois é uma romântica idealista moça de família. O coração dela está em Stand By por enquanto... mas ela não sabe até quando, pois o tempo está correndo e ela corre junto com o tempo... Portanto, apresse-se mocinho...


Escrevi hoje, a Maria Clara gostou e se identificou, dei de presente pra ela e faço uso de suas próprias palavras quando deu-me o texto Alforriada de presente: "Este texto também é um recado. Precisa ser postado.E tá aí.". Recado dado? Espero que sim...

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Alforriada



 "Sempre se prometeu não mais chorar, não mais sofrer, não mais prender-se a sonhos coloridos e castelos de cartas - solúveis, sem raízes. Entretanto, ao deixar o coração assim, tão aberto, tão livre, não se deu conta do que viria a seguir: uma espécie de vício, um apego, uma prisão, uma paixão, quem sabe um amor.
  E agora que ela finalmente é livre novamente, que pagou sua pena, que ganhou a sua sonhada alforria, ela se pega a olhar pra trás e perguntar por quê se deixou levar por olhos e palavras doces. Ela não sabe a resposta. Sabe apenas que esse coração amargurou a perda do 'se': se fosse assim, se fosse deste jeito, se tivessem se amado, se fosse o tempo certo...
  Só resta a ela catar os pedaços dela mesma que restaram dessa... relação sem nome, transformá-la na mais bonita das amizades e deixar que o tempo - Um dos deuses mais lindos, como diria Caetano - a cure, quem sabe, desse vício, dessa necessidade que ela tem, e apague a lembrança dos sentidos: tato, visão, audição e principalmente, olfato e paladar. 
   Ele já fez parte do serviço. Já à libertou. O que resta para ela agora é não sentir saudade do cativeiro e acreditar no melhor que ainda virá."

   Maria Clara deu-me esse texto de presente, sem saber de nada apenas escreveu meu momento, portanto concluo que ela é um tanto advinha... 
   (blog da Mary http://aminhapessoa.wordpress.com/





quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Socializar




E só quem tem papel social
É mesmo a sociologia?
Você desempenha um pouco de cada coisa
Cada coisa que nem imagina

Você pode ser pai, mãe, tio e tia
Madrinha, agregado, sobrinho e prima
E sempre cabe mais um
Quando o negócio é da família

Estudante, vendedor, nordestino e eleitor
Amigo, cidadão, empresário e sacristão
São tantos os papéis
Cada um com sua função

Você pode estar distante
E ao mesmo tempo perto
Você pode estar perto
E ao mesmo tempo distante
Tudo vai depender
Dessa antítese constante

Papeis que nos unem e nos separam
Papeis que nos completam e nos afastam
Papeis que desempenhamos e não damos conta
Papeis que são bonzinhos
Papeis que são do contra

Biótipos e estereótipos
Tolerância e respeito
Tudo se encaixa nos papeis
Sempre há um jeito

E pra finalizar essa história comprida
E um tanto importante
Eu só queria lhe dizer
Que quanto mais você foge de um papel
Ele corre para você


A professora de Sociologia pediu-nos para criarmos algo 'cultural' usando o tema que mais nos chamou a atenção na matéria. Escrevi então esse texto com os papeis sociais, pois foi um tema que gostei muito de ter estudado. Enjoy... =)

terça-feira, 1 de novembro de 2011

[Des]cobrir




Mascare
Disfarce
E finge
Que nada te atinge 

Foge
Engole
Dissolve
Essa hipocrisia que te envolve

Chore
Clame
Sufoque
Aquilo que te esgote


Pergunte
Implore
Ore
Buscando dias melhores




sábado, 29 de outubro de 2011

Retorno



Ele está sentado no mesmo banco, na mesma varanda. Observa ela vindo, passos pesados e cansados, cabisbaixa. Ele tem vontade de correr, de pegá-la no colo, de aninhá-la em seus braços, mas sabe e diz pra si mesmo que é melhor que ela venha andando sozinha, absorta em seus pensamentos. Ele espera, espera que ela cruze todo aquele gramado.
Ela se sente envergonhada, não consegue levantar a cabeça e encará-lo. Ela tenta andar devagar não só pelos pesados passos, mas porque está pensando como iniciará uma conversa com ele. Ela ensaia em sua mente, escolhe as melhores palavras, mas sabe que não pode esconder nada dele, pois ele a conhece tão bem que ela nem precisaria abrir a boca para  falar, ele conhece seus pensamentos.
Finalmente ela chega na varanda. Ele apenas a contempla mesmo ela estando de cabeça baixa enquanto as lágrimas escorrem na face dela, logo dela, que prometeu a si mesma que não choraria diante dele.
Ele bate com a mão no espaço vazio do banco onde está sentado. Ela entende o gesto e silenciosamente senta-se ao lado dele. O vento sopra e o cabelo cacheado e ruivo dela dança suavemente. Nenhum dos dois fala, nenhum dos dois se olha, observam o verde do gramado numa concentração curiosa.  
Finalmente ele a toca. Toca a mão dela que está apoiada no banco onde estão sentados. Ela não consegue segurar o choro que antes saía em pequenas lágrimas e encosta-se nele. Ele a abraça como se tivesse ali junto ao seu ser o mais bem precioso que alguém pode ter.
Ela tenta balbuciar algumas palavras, ele a detém. Ela queria muito dizer a ele o quanto sentia falta de como eram as coisas antes dela ter partido, de ter se iludido, deixando-se levar...
Ele apenas sussurrou: - Não há problema nenhum em retornar, estava aqui desde que você partiu a esperar, pois sabia que você encontraria a verdade e um dia retornaria ao lar. Amo-te muito mais do que imaginas.
Ela tomou coragem, o olhou e disse: - Perdoe-me, prometo nunca mais errar... 
Ele colocou a mão delicadamente em sua boca e disse: - Não prometas isso minha criança, és humana, e ainda tens muito a falhar.
Ficaram ali, abraçados em silêncio, até a noite chegar...

terça-feira, 4 de outubro de 2011

My checklist




Checklist:

* Uma mochila;
* Uma câmera;
* Uma moto;
* Um amor; 
* Sair por ai sem destino... 

Ah, se eu pudesse... 

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Thank you...

E hoje eu só olhei para o céu e agradeci...
Por estar aqui...
Pelos Seus propósitos se cumprindo em mim...
Pelo futuro que agora me parece incerto, mas é garantido...

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Metamorfose




E hoje eu consigo enxergar as coisas com uma nova ótica. 
A menina que tenho dentro de mim tem ido embora e está dando espaço para a mulher que de fato sou.
Há muito em que preciso mudar, mas em algumas coisas esse amadurecimento já começa a se mostrar.
Sei que aquelas que estão mais impregnadas e profundas irão demorar mais tempo para me abandonar, mas sou consciente de que tudo tem seu tempo.
Reconhecimento, essa é a palavra fundamental para o crescimento.
Reconhecer o quão necessitava desse despertar para uma transformação é o que está fazendo a diferença.
Ainda assim, não basta só reconhecer onde necessito crescer, mas também aquilo que já conquistei e venci, isso me anima!
Ainda tenho uma longa caminhada, mas tenho certeza que chegarei lá...

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Revirando a mochila

Abri a mochila e tirei recordações.
A primeira foi dela que sempre cuidou de mim, que sempre se importou mesmo não perguntando muito e respeitando a minha privacidade... sinto falta disso.
A segunda foi dele que sempre me fez sorrir, que sempre me chamou de alguma coisa diferente e alegrou meu dia com suas piadinhas.
A terceira foi dela que sempre esteve ao meu lado, que sempre me fazia companhia no escuro do quarto enquanto conversávamos.
Revirei um pouco mais a mochila e achei muitas outras recordações... e de outras pessoas... e de outros tempos... mas resolvi que deveriam voltar ao lugar de onde tirei.
A mochila que carrego fica no coração. Sim, isso mesmo, no coração e não na mente.... Talvez pra você não faça sentido, mas é lá que dói todas as vezes que a reviro...

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Tempo Bandido

Tempo... tempo bandido
Te levou pra longe de mim 
Tempo... tempo bandido
Fez crescer amizade sem fim
Tempo... tempo bandido
Virou mocinho por uns instantes
Tempo... tempo bandido
Permitiu-nos matar a saudade constante
Tempo... tempo bandido
Comeu as horas e os minutos restantes
Tempo... tempo bandido
Nos trouxe de volta a realidade
Tempo... tempo bandido
Me levou mais uma vez pra longe de você...

Bianka Jones


À PauloSilva que mesmo distante está sempre perto...

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Transparecer


- Oi como você vai?
- Eu vou 'bem'...

E quem nunca foi um grande mentiroso?! 
Sou transparente. 
Por mais que eu tente 'camuflar' meus sentimentos... isso é quase impossível pra mim.

domingo, 7 de agosto de 2011

shiiii...

"O meu silencio agora é tudo o que eu tenho para tentar me expurgar...








... pra me redimir de todas as vezes em que eu falei sem pensar". 



terça-feira, 26 de julho de 2011

Sem palavras...

"Pela cruz me chamou...Gentilmente me atraiu
 e eu SEM PALAVRAS me aproximo...
Quebrantado por seu amor"...




Esse é um refrão de uma música que se chama Quebrantado. Sempre a cantei, mas nunca tinha parado para analisar a letra como a maioria das pessoas. Mas nesse domingo 24.07 foi diferente. Fato é que fiquei rouca no sábado a tarde. Estava um pouco resfriada e durante a semana enquanto ensaiava com minha irmã para cantarmos juntas na igreja, minha voz começou a falhar, mas no sábado a tarde consegui ministrar o louvor em um encontro de mulheres, mas depois disso... nada, nada de ter voz!
Ficar sem falar ou falar baixo pra mim é muuuito difícil. Sou do tipo de pessoa que fala alto e dá muitas gargalhadas e falar sussurrando é estressante pra mim! Tentei no sábado a noite não falar mais ou falar mais baixo, pois tinha esperança de recuperar minha voz até o domingo à noite... mas foi em vão... acordei pior do que estava, só sussurrando mesmo pra entender e teve momentos que eu até fiz mímica ou desisti de 'falar'...
Mas Deus falou ao meu coração no domingo de manhã. Eu simplesmente fiquei perdida nos meus pensamentos e na conversa dele. Nessas horas a gente consegue ouvir ele direitinho né? Talvez esse tenha sido o propósito, já que eu estava passando por alguns conflitos internos, não estava escutando a voz dele, mas não porque não quisesse, eu orava, pedia ajuda, porém como eu sempre estava falando ou concentrada em alguma coisa, não o conseguia ouvir. 
Então chegou o domingo à noite e eu caladinha... até conversei um pouco, mas cantar estava fora de cogitação! Passei o louvor todo, todo, calada, adorando internamente, por vezes até tentei sussurrar alguma coisa, mas nada. Daí começaram a tocar essa música Quebrantado... Chegou na parte - 'sem palavras me aproximo'... Claro que o 'sem palavras' aí quer dizer que não possuímos em nosso vocabulário algo que poderia expressar a gratidão da Cruz. Eu estava sem palavras, literalmente, mas também constrangida.
Esse amor incondicional de Deus me deixa assim às vezes. Somos tão pequenos, Ele tão grande, mas se dedica de forma exclusiva a nós, como se fossemos os únicos aqui na terra para cuidar. Me constranjo porque às vezes possuo pensamentos tão pequenos e inferiores para um Deus que derrama bençãos sem medidas sobre minha vida. 
O desejo dele: intimidade e dependência... e nisso precisamos estar totalmente dispostos a fazer... A verdade é que ser intimo e dependente exclusivamente dele em alguns momentos é duro, e não estamos dispostos a isso não é verdade? Pagar o preço... nossa como é difícil! Mas a verdade é que depois que nos decidimos e dedicamos a isso, tudo fica extremamente diferente. A maneira como enxergamos e respondemos é diferente, pois sabemos quem está no controle.
Ficar sem falar é difícil, mas aprendi que tentar seguir em uma direção sem ouvir a voz de Deus é mais difícil ainda.

 Bianka Jones

terça-feira, 19 de julho de 2011

Falta

Olhos que me observam e se desconcertam...
Dedos que dedilham o contorno suave e me fascina...
Presença que me traz paz sem pronunciar uma palava...
Intocável apesar de sua sensibilidade...
Cumplicidade e sintonia de pensar...



Você faz falta, muita falta...

terça-feira, 14 de junho de 2011

Careful...

Não, não somos um acidente... Talvez você tenha dado um baita susto na sua mãe que não esperava se encontrar grávida de você, mas Deus permitiu que acontecesse, não importando a maneira como ocorreu. Talvez você tenha sido planejado, sim, planejado para chegar dois anos depois que seus pais casaram, e isso realmente aconteceu... mas porque Deus também permitiu isso. Ou quem sabe você era esperado por longos dez anos... e Deus permitiu que você viesse... ou você que é um milagre só em estar vivo.
Deus é perfeito e imutável... não nos cabe achar que o conhecemos. Ele se permite conhecer, mas não totalmente, pois no momento em que você acha conhece-lo... PÁ-PUM! Ele se mostra totalmente diferente! Ele é cheio de facetas e planos e não cabe a nós entendê-los. 
Eu ter nascido, você ter nascido, todas as pessoas que nasceram e nascerão são frutos dos propósitos e planos de Deus. E os propósitos dele são perfeitos! A maneira única como somos formados e criados, as características que possuímos...tudo, tudo, obra de seu grande poder!
Ah... você não está aqui por acaso... não, não acredito que sejamos um acidente... Ele quis que estivéssemos aqui! E talvez você se pergunte: Mas por que? Por que nasci?
Oras, pra adorá-lo! Com um Deus tão surpreendente como esse só me resta reconhecer suas grandes obras e feitos.
Sou apaixonada por ele. Ele sempre me surpreende... e é isso que mais amo nele... esse jeito surpreendente de amar e cuidar, pois além de permitir você existir ele também cuida de cada um de nós.
Talvez você ache que não está sendo cuidado por ele, mas a questão é... você está se permitindo ser cuidado? É muito fácil acharmos que ele não cuida de nós ou que simplesmente não sentimos sua presença, mas você o tem buscado? Tem deixado ele trabalhar na sua vida? Tem deixado ele cuidar verdadeiramente de você?
Quando você permitir totalmente o cuidar dele em sua vida, acredite... ele vai te surpreender! 

sábado, 4 de junho de 2011

Xeque-mate



"Não tiro ninguém da minha vida, apenas reorganizo as posições e inverto as prioridades..."

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Ele em silêncio...

Por que andas tão silencioso?
Gosto de ouvir sua voz...
Eu pergunto, questiono e nada... só o seu silêncio me parece fazer companhia
Tenho certeza que não me abandonaste
Estás só a observar... quieto, calado
É que eu estou com saudade... saudade da sua voz.... doce e suave...


Bianka Jones





"Me leva onde eu posso ouvir sua voz... aos teus pés..."

terça-feira, 26 de abril de 2011

Meu Girassol



Gostava de tudo como era antes
De como nos encontrávamos sempre no corredor
De ouvir suas orações na porta do seu quarto
De ser surpreendida por sua presença parada na minha porta
Da sintonia dos olhares e pensamentos
Da cumplicidade dos finais de semana
Do tempo que não parecia passar

Mas ele está passando
Passando e rápido querida amiga...


Bianka Jones


à Marcela Gouveia

segunda-feira, 25 de abril de 2011

À você...


À você que desestruturou o que parecia estruturado
Desequilibrou o que parecia equilibrado
Que trouxe à tona o que parecia estar resolvido
Despertou aquilo que parecia dormir...

À você que me colocou de frente comigo mesma
Despertou aquilo que eu sufocara e enterrara
Que ressuscitou o fantasma
Fez-me encontrar com aquilo que me assombrava
Que eu teimava em admitir que não mais incomodava...


Eu sei que agora só me resta enfrentá-lo
Não tem sido fácil
É difícil trazer à memória as situações vividas
E algumas palavras proferidas...


É verdade que tens me ajudado
Mas acreditar em suas palavras é um pouco complicado
Não porque acho que mentes a mim
Mas por todas as pessoas que já agiram assim...

E eu só te peço paciência
Talvez um pouco de complacência
Para quando eu precisar de você
Você esteja pronto para me acolher...


Bianka Jones


[À  R.A.]

sábado, 26 de fevereiro de 2011