sábado, 20 de outubro de 2012

Pequeno

Quando eu penso em você um gosto de suco de maçã vem à boca, trazendo com ele o som da sua risada tosca e nasalada, aquela que você ri quando conta suas piadas sem graça. Então lembro do mal cheiro daquele Crocs horroroso que você tem e insiste em sair passeando pela cidade como se estivesse de mocassim. Me vem à memória o som do piano e você de olhos fechados tocando freneticamente perfeito apesar de possuir dedos pequenos. Ai bate a saudade de nossas conversas, aquelas que iam de um tópico idiota a um sério em questão de segundos. E então eu chorava, ou você chorava, ou os dois ao mesmo tempo, dependendo do teor da conversa. Você que tão novo possui uma alma velha. Agora te carrego no peito com um amor de mãe para um filho, um filho que adotei por livre e espontânea pressão, mas que permaneceu comigo por minha livre decisão. Sinto sua falta, só...


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