"Sempre se prometeu não mais
chorar, não mais sofrer, não mais prender-se a sonhos coloridos e castelos de
cartas - solúveis, sem raízes. Entretanto, ao deixar o coração assim, tão
aberto, tão livre, não se deu conta do que viria a seguir: uma espécie de vício,
um apego, uma prisão, uma paixão, quem sabe um amor.
E agora que ela finalmente
é livre novamente, que pagou sua pena, que ganhou a sua sonhada alforria, ela se
pega a olhar pra trás e perguntar por quê se deixou levar por olhos e palavras
doces. Ela não sabe a resposta. Sabe apenas que esse coração amargurou a perda
do 'se': se fosse assim, se fosse deste jeito, se tivessem se amado, se fosse o
tempo certo...
Só resta a ela catar os pedaços dela mesma que restaram dessa...
relação sem nome, transformá-la na mais bonita das amizades e deixar que o
tempo - Um dos deuses mais lindos, como diria Caetano - a cure, quem sabe,
desse vício, dessa necessidade que ela tem, e apague a lembrança dos sentidos:
tato, visão, audição e principalmente, olfato e paladar.
Ele já fez parte do
serviço. Já à libertou. O que resta para ela agora é não sentir saudade do cativeiro
e acreditar no melhor que ainda virá."
Maria Clara deu-me esse texto de presente, sem saber de nada apenas escreveu meu momento, portanto concluo que ela é um tanto advinha...
Que lindo ter gente amiga "advinha"! Beijo flor, tenha um abençoado final de semana...e desculpa o sumiço...
ResponderExcluirmuito bom mesmo Carlinha... rsrsrs... sumiço desculpado... boa semana! =*
ResponderExcluir